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Em webinar do Nuteds, palestrantes defendem que é preciso dar mais visibilidade e facilitar o acesso do homem à saúde

De acordo com o Instituto Lado a Lado Pela Vida, 62% dos homens só buscam atendimento médico quando os sintomas estão insuportáveis

 

Na manhã da última quarta-feira (22), o Núcleo de Tecnologias e Educação a Distância em Saúde da Faculdade de Medicina da UFC (NUTEDS/FAMED/UFC), coordenado pelo Prof. Dr. Luiz Roberto de Oliveira, realizou o Webinar Novembro Azul, em alusão à campanha anual que trata da prevenção ao câncer de próstata. De acordo com o coordenador do Núcleo, assim como foi bastante mencionado pelos palestrantes, a informação e movimentos como este, de levar orientações dadas por profissionais especialistas, podem ajudar a reduzir essas estatísticas de mortes. “Se o homem está ciente dos sintomas iniciais, ele ficará atento e vai procurar o médico o mais rápido possível para ter o diagnóstico correto. Se for necessário, ele deverá ser encaminhado para procurar o tratamento adequado, tendo mais sucesso no tratamento”, afirma. 

 

Durante o evento online, a Dra. Jéssyca Cruz, cardiologista do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC/UFC), falou sobre os motivos que levam os homens a fazerem parte de uma estatística em que eles vivem sete anos a menos que as mulheres. O cardiologista Dr. João Davi Leitão, também do HUWC/UFC, explicou que muitas vezes o paciente com disfunção erétil, por exemplo, procura o urologista, mas o problema pode ser em decorrência de doenças coronarianas, devendo este homem ser acompanhado também por um cardiologista. 

 

A diretora de Desenvolvimento e Projetos Especiais Denise Blaques, do Instituto Lado a Lado pela Vida, instituição que criou a Campanha Novembro Azul, um movimento genuinamente brasileiro, que busca sensibilizar a população masculina, por meio de informações e orientações, e o Governo, dando visibilidade e lutando pelo acesso desse público à saúde integral. Ela contou como surgiu o Instituto e a Campanha, além de apresentar dados e projetos realizados pela entidade. Um dos projetos citados é o “Lave o dito-cujo”, com o objetivo de orientar os homens sobre o câncer de pênis, que pode  ser evitado apenas com a higiene diária do órgão. De acordo com a diretora, esse tipo de câncer faz com que aproximadamente 1.600 homens tenham que amputar o pênis no País. A cada dia do ano de 2020, pelo Instagram @laveoditocujo, foram divulgados 365 nomes lúdicos e diferentes que são dados ao órgão. 

 

É impossível falar da saúde do homem sem ouvir um urologista, que é justamente o profissional que cuida da saúde masculina. Por isso, o Dr. Alexandre Saboia, supervisor da Residência de Urologia do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC/UFC), que tem ampla experiência sobre o assunto, foi convidado. Ele defendeu a necessidade do médico continuar realizando o rastreamento do câncer e apresentou informação em que o Instituto Nacional de Câncer (INCA) e o Ministério da Saúde (MS) suspenderam essa orientação. Ele frisou que o “não ao rastreamento” do câncer de próstata não foi aderido pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), pois comprovadamente essa ferramenta salva vidas. Citou exames com baixo custo e que ajudam na detecção precoce da doença, como a dosagem do antígeno prostático específico (PSA), o toque retal e o screening, por exemplo. De acordo com o urologista, esses exames conseguem reduzir em 34% o número de mortalidade entre os homens. 

 

Antes, durante e após o evento, foram distribuídos mais de 100 laços azuis, com o objetivo de lembrar aos homens, na faixa-etária indicada, que é preciso realizar o exame anual. 

 

Esses são apenas alguns tópicos discutidos durante o webinar. Para assistir o conteúdo completo e aprender muito mais sobre o assunto, CLIQUE AQUI.