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Comunicação científica em saúde: novo projeto do NUTEDS busca potencializar acesso público à pesquisas científicas

Quantas vezes você visitou uma biblioteca pública, museu ou feira de ciências em 2019? Se nenhuma, sua situação não é única. Dados do relatório sobre Percepção Pública de Ciência e Tecnologia no Brasil, lançado ano passado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), revelam que o acesso a equipamentos científico-culturais no país, além de ser baixo, caiu ainda mais.

O resultado é preocupante e não é a única notícia ruim. Num panorama onde quase 90% dos brasileiros não sabe citar um(a) cientista nacional ou uma única instituição do setor – incluindo as universidades, os números mostram a clara distância entre o que se produz em termos de conhecimento científico no Brasil e a sociedade de modo geral. Com a área da saúde não é diferente. A prova disso é que 75% dos entrevistados acham que antibiótico serve para matar vírus, uma percepção equivocada e que pode custar caro para um país com taxas elevadas de automedicação. 

O desafio, portanto, é propor caminhos que encurtem essa distância e escoem informação científica de qualidade, especialmente no momento em que seu consumo está em queda. O alento está na aparente demanda: 82% dos entrevistados creem que podem entender o conhecimento científico, desde que bem explicado; a área da saúde segue sendo o campo de maior interesse dos brasileiros; médicos, jornalistas e cientistas de instituições públicas figuram entre as principais fontes confiáveis. Ou seja, há margem de manobra para reverter a situação. 

> O NUTEDS e a Promoção da pesquisa científica em saúde

É neste sentido que o NUTEDS lança um novo empreendimento. Nos uniremos à rede de instituições e pesquisadores nacionais dispostos a popularizar a ciência por meio de estratégias de comunicação que façam circular a informação para além dos tradicionais periódicos científicos. 

Desde sua fundação, o Núcleo tem investido incessantemente em pesquisa científica em saúde. Nos tornamos referência entre os polos da Rede Universidade Aberta do SUS e, há três anos, lançamos nossa própria revista científica para fomentar o debate na área de tecnologias em saúde, a RESDITE. Trata-se de um projeto ambicioso e bem sucedido em mapear uma rede de pesquisadores interessados no tema, descobrir e divulgar o que está sendo feito dentro e fora do país neste segmento. Mas como levar o debate para novos pesquisadores e como tornar toda esta produção relevante para o público que não é especialista? 

O novo projeto deve começar ainda em janeiro de 2020 e tem como foco facilitar o acesso aos resultados de muitas dessas pesquisas, a que exatamente elas se propõem, qual a aplicabilidade social ou o porquê de sua existência, colocando a informação para circular… Tudo isso aproveitando o alcance e o potencial das novas mídias digitais para explorar diferentes perspectivas de comunicação científica. Iniciaremos nos moldes do que tem sido bem feito em relação ao uso dos visual abstracts, por exemplo, em fase de consolidação fora do Brasil e ainda incipiente no país. 

> O que são visual abstracts?

 Os visual abstracts – ou resumos visuais, em português – exploram graficamente e de maneira resumida os principais achados de uma determinada pesquisa devidamente citada. Eles funcionam basicamente na mesma perspectiva dos resumos tradicionais, publicados em artigos científicos, mas com linguagem direta e construídos para terem impacto visual, visto que são adaptados para divulgação em redes sociais.

Trata-se de uma iniciativa nova e que pretende levar discussões científicas para além dos tradicionais espaços e plataformas de comunicação. O NUTEDS deve começar a enveredar neste novo caminho ainda em janeiro. Para acompanhar, basta nos seguir pelo nosso site ou por nossa página no Facebook

 

  • Como enviar sugestões:

Assessoria de comunicação – Responsável: Paulo Jefferson P. Barreto – jornalista

Email: nuteds.comunica@nuteds.ufc.br